Países da UE - Portugal


Nome oficial do país: Republica Portuguesa
Superfície: 92.080 Km2
População: 10.049.000 hab.
Densidade: 109,3 hab./Km2
Capital: Lisboa
Outras cidades: Porto, Braga, Coimbra, Setúbal
Idioma: português
Moeda: euro


Portugal fica situado no sudoeste da Europa, na zona Ocidental da Península Ibérica e é o país mais ocidental da Europa, delimitado a Norte e a Leste pelo reino de Espanha e a Sul e Oeste pelo Oceano Atlântico. O território de Portugal compreende ainda as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.
Portugal conseguiu alcançar a sua independência com a assinatura, em 1143, do Tratado de Zamora, ao mesmo tempo que conseguiu ainda conquistar cidades importantes como Santarém, Lisboa, Palmela e Évora aos Muçulmanos.
Terminada a Reconquista do território português em 1249, a independência do novo reino viria a ser posta em causa várias vezes por Castela. Primeiro, na sequência da crise de sucessão de D. Fernando I, que culminou na batalha de Aljubarrota, em 1385.
Com o fim da guerra, Portugal deu início ao processo de exploração e expansão conhecido por Descobrimentos, entre cujas figuras cimeiras se destacam o infante D. Henrique, o Navegador, e o Rei D. João II. O cabo Bojador foi dobrado por Gil Eanes em 1434, e a exploração da costa africana prosseguiu até que Bartolomeu Dias, já em 1488, comprovou a comunicação entre os oceanos Atlântico e Índico dobrando o cabo da Boa Esperança. Em rápida sucessão, descobriram-se rotas e terras na América do Norte, na América do Sul, e no Oriente, na sua maioria durante o reinado de D. Manuel I, o Venturoso.
No séc. XVIII, o Marquês de Pombal, ministro de D. José entre 1750 e 1777, procurou desenvolver a agricultura e a indústria, criando companhias comerciais e novas indústrias. É desta época a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro.
Foi neste reinado que um sismo devastou Lisboa e o Algarve, a 1 de Novembro de 1755.
Por não quebrar a aliança com a Inglaterra e recusar-se a aderir ao Bloqueio Continental, Portugal foi invadido pelos exércitos napoleónicos em 1807. A Corte e a família real portuguesa refugiaram-se no Brasil, tendo D. João VI regressado a Lisboa para jurar a primeira Constituição. No ano seguinte, o seu filho D. Pedro IV era proclamado imperador do Brasil independente.
Portugal viveu, no restante século XIX, períodos de enorme perturbação política e social. Em 1852, foi possível a acalmia política e o início da política de fomento protagonizada por Fontes Pereira de Melo.
A República é instaurada, em 5 de Outubro de 1910. Após vários anos de instabilidade política e que a participação na I Guerra Mundial contribuiu para aprofundar, o Exército tomou o Poder, em 1926. O regime militar nomeou ministro das Finanças António de Oliveira Salazar, professor da Universidade de Coimbra, que pouco depois foi nomeado Presidente do Conselho de Ministros (1932). Ao mesmo tempo que restaurou as finanças, instituiu o Estado Novo, regime corporativo, ditatorial, com muitas restrições à liberdade. Em 1968, afastado do poder por doença, sucedeu-lhe Marcelo Caetano.
Com o livro Portugal e o Futuro, de António de Spínola, em que se defendia a insustentabilidade de uma solução militar nas guerras do Ultramar, agravou-se o crescente mal-estar entre os jovens oficiais do Exército, os quais, no dia 25 Abril de 1974, desencadearam um golpe de estado. Foi então, instaurado em Portugal um regime democrático que permitiu a organização de partidos políticos a realização de eleições livres, o fim da guerra colonial e a elaboração de uma nova constituição.
Portugal tem locais e monumentos dignos da nossa visita. Destes, destacamos aqueles que são classificados como Património Mundial: Centros Históricos de Évora, Angra do Heroísmo (Açores), Porto, Guimarães; O Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém (Lisboa), o Convento de Cristo (Tomar), o Mosteiro da Batalha e o Mosteiro de Alcobaça, a Cidade e Serra de Sintra, os Sítios de Arte Rupestre do Vale do Côa, a Floresta Laurissilva da Madeira, a Região do Alto Douro Vinhateiro e a Paisagem de Cultura da Vinha da Ilha do Pico (Açores).
As indústrias modernas desenvolveram-se significativamente: refinarias de petróleo, petroquímica, produção de cimento, indústrias do automóvel e navais, indústrias eléctricas e electrónicas, maquinaria e indústrias do papel. Portugal tem um dos maiores complexos de indústrias petroquímicas europeus, situado em Sines e dotado de um porto.
Os vinhos (especialmente o Vinho do Porto e o Vinho da Madeira) e azeites portugueses são bastante apreciados devido à sua qualidade.
Portugal produz metade da cortiça produzida no mundo.
Na literatura portuguesa, é eminente a poesia, estando entre os maiores poetas portugueses de todos os tempos Luís de Camões e Fernando Pessoa. O romancista José Saramago ganhou o Nobel da Literatura em 1998. No teatro, destaca-se a figura maior de Gil Vicente.
Instrumentos típicos são o cavaquinho, a gaita-de-foles, o acordeão, o violino, os tambores, a guitarra portuguesa (instrumento característico do fado) e uma variedade de instrumentos de sopro e percussão.
O mais conhecido estilo de música português é o Fado, cuja intérprete mais célebre foi Amália Rodrigues. Mais recentemente, através dos Madredeus, cuja vocalista é a conhecida Teresa Salgueiro, e pelas cantoras Mariza e Dulce Pontes, a música portuguesa, além fronteiras, tem atingido um patamar de reconhecimento internacional e tem ajudado a divulgar a língua portuguesa em todo o mundo.
Portugal é um país fortemente vinícola, sendo célebres os vinhos do Douro, do Alentejo e do Dão, os vinhos verdes do Minho, e os licorosos do Porto e da Madeira.De entre os pratos típicos, são de destacar o cozido à portuguesa, o bacalhau à Braz, à Gomes de Sá ou em pastéis, as espetadas da Madeira, o cozido vulcânico dos Açores (S. Miguel), o leitão assado à moda da Bairrada, os rojões do Minho e as tripas (da região do Porto).